Ácido Mandélico
Aparência do Produto: pó fino de coloracão branca.
INCI Name: Mandelic Acid - CAS Number: 611-72-3
Nome em português: ácido mandélico.
Importante
- Uso externo, não utilizar puro sobre a pele.
- Respeitar as dosagens recomendadas, este produto deve ser manipulado por profissional da area técnica quimica de maneira a respeitar as diretrizes de manipulação.
- A Engenharia das Essências não se responsabiliza pela aplicação inadequada do produto, a manipulação do produto é de inteira responsabilidade do manipulador, atente-se as dosagens recomendadas.
- Insumo cosmético, produto não acabado
É obtido a partir da hidrólise do extrato de amêndoas amargas. Tem peso molecular maior, o que lhe confere baixa penetração na derme, levando a um potencial irritativo menor que o ácido glicólico.
Propriedades : anti-inflamatória e antisséptica em baixas concentrações, em altas concentrações, pode ser utilizado para : peelings, para o tratamento de melasma e outras hiperpigmentações. Tem ação antimicrobiana, sendo usado para o tratamento da acne.
Aplicações em cosmiatria: Anti-aging, peeling, hiperpigmentação, acne e laser.
Concentração de uso:
- Creme 3% - Indicado como renovador celular, aplicar de 1 a 2 vezes ao dia.
- Creme Hidratante 4%, esfoliante suave, aplicar em todo o corpo após o banho.
- Gel ou creme 10 a 13% - tratamento de rugas e querastoses em geral, uso noturno, aplicar filtro durante o dia.
Estudos Científicos
O ácido mandélico, um AHA com uma cadeia carbônica grande não tão irritante como o ácido glicólico, tem sido estudado exaustivamente para ser usado em tratamentos de desordens de pele como: foto-envelhecimento, pigmentação irregular e acne. Um teste aberto conduzido no Gateway Aesthetic Institute e no Laser Center em Salt Lake City, Utah, demonstrou que o ácido mandélico é indicado no caso de supressão de pigmentação, tratamento de acne não cística inflamatória e rejuvenescimento de pele envelhecida pelo sol. A molécula de ácido mandélico é maior do que a molécula do ácido glicólico. Possui um ponto de fusão elevado; é parcialmente solúvel em água e livremente solúvel em álcool isopropílico e etanol. O interesse dos pesquisadores no ácido mandélico deve-se à sua dupla ?função: AHA e atividade antibacteriana?. Os primeiros estudos realizados para comprovar as propriedades foram abertos e não controlados e incluíram mais de 1100 pacientes durante três anos. Foi feita documentação fotográfica de alguns voluntários e também foram registrados os efeitos adversos típicos de avaliação de novos produtos cosméticos. Os pacientes foram avaliados quanto à melhora da textura de pele, acne, rugas e melasmas. O ácido mandélico foi aplicado em um gel ou loção base contendo de 2 a 10%, para aplicação tópica. Outras preparações foram feitas e combinadas com Vitaminas de uso tópico (A,C, E e D3) e protetor solar FPS 15. Os pacientes usaram o produto duas vezes ao dia. Peelings químicos foram preparados usando 30 e 50% de ácido mandélico. Uma solução de limpeza contendo 2% de ácido mandélico foi usada para limpar a pele, seguida da aplicação do ácido mandélico, com o auxílio de uma gaze. Assim que o produto foi aplicado à pele ficou um pouco avermelhada. As exposições se limitaram a 5 minutos. No entanto, aplicações mais demoradas mostraram-se seguras. Os peelings foram realizados semanalmente ou a cada duas semanas. Após o peeling, a pele foi lavada com água e um esteróide tópico (loção de desonida 0,05%) em uma única aplicação. Por 2 a 4 semanas antes e depois do tratamento com laser de superficie da pele, os pacientes foram tratados com produtos contendo ácido mandélico e com uma pomada semi-permeável destinada a auxiliar no curativo após cirurgia. Os pacientes foram avaliados quanto à: Tempo de repitelização, incidência de infecções por bactérias gram negativas, duração do eritema pós repitelização, pigmentação pós-inflamatório a e outras complicações pós-operativa.
Resultados preliminares dos estudos clínicos abertos desses produtos foram encorajadores em diversas áreas relativas ao tratamento da pele:
1 - Linhas rugas e finas parecem melhorar e a textura da pele também. Uma diferença notável entre o ácido glicólico e mandélico é na irritação da pele e nos eritemas que freqüentemente acompanham o tratamento de peeling com ácido glicólico de 30 a 70% .O ácido mandélico mostrou-se menos irritante que o ácido glicólico. Assim como o ácido glicólico, o efeito do ácido mandélico é mantido durante meses e anos de tratamento, com gradual e contínua melhora das linhas finas e rugas. Há uma notável diferença no tratamento de peles pigmentadas. A melhora pôde ser vista em linhas finas e finas rugas em pacientes com pele do tipo I até VI tipo Fitzpatrick sem nenhuma inflamação pósinflamatória. Em contrapartida o autor observou em sua prática de dermatologia que, um grande número de pacientes com pele pigmentada, desenvolveram irritação, eritema e subseqüente hiperpigmentação pós inflamação enquanto foram tratados com produtos contendo 5 a 10% de ácido glicólico, tretinoína ou hidroquinona.
2 - Peeling químico com ácido mandélico quando comparado com peelings químicos de ácido glicólico, produzem menos eritemas e causam menos efeitos adversos na epiderme. Peelings repetidos semanalmente com tempo de exposição de 5 minutos, seguidos pela limpeza com água, foram bem tolerados pela maioria dos pacientes. Peelings repetidos são usados para tratamento da acne, melasmas, lentigenes e fotoenvelhecimento leve ( rugas, mudanças na textura da pele).
3 - Pigmentação anormal, incluindo melasma, hiperpigmentação pós inflamatória e lentigines ( sun spots) melhoram rapidamente quando tratadas com produtos contendo ácido mandélico. Em muitos pacientes o melasma melhorou 50% após 1 mês de tratamento usando loção contendo 10% de ácido mandélico.
4 - Melhora na pele acneica é visível em muitos pacientes tratados com pústulas inflamatórias, acne papular e comedões e em pacientes com foliculite causada por bactérias gram-negativas. Muitos pacientes que são resistentes aos antibióticos administrados tópica e sistemicamente responderam bem ao tratamento com ácido mandélico. Pacientes com acne grau III ou abaixo deste responderam mais positivamente. Alguns pacientes com acne rosácea que foram tratados com ácido mandélico também apresentaram melhora.
CONCLUSÃO
Embora este estudo não tenha sido duplo-cego e controlado, foram inclusos pacientes num período de 3 anos. O uso de ácido mandélico sozinho ou associado a vitaminas antioxidantes apresentou múltiplos benefícios no tratamento de pele incluindo efeitos anti-bacterianos, melhora na acne, na pigmentação anormal e na textura da pele.